segunda-feira, 25 de setembro de 2017


ENCERRANDO CICLOS



O poeta Fernando Pessoa alertou: "Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver”.
            A vida é dessa forma, ciclos iniciam e se encerram, ou pelo menos deveriam se encerrar. Mas para algumas pessoas, a dificuldade de finalizar um ciclo, deixar que a vida se renove e traga outras experiências e desafios é tremenda.
            Com isso a ansiedade, uma angustia (vazio interno), depressão e até mesmo neuroses e outros transtornos podem acometer a vida dessa pessoa. Ninguém começa de fato um novo capítulo em sua vida sem antes terminar o anterior.
            Muitas pessoas simplesmente não conseguem desapegar de seu passado, relacionamento que terminou, demissão no trabalho, uma determinada época de sua vida, a dificuldade de se desapegar de algum comportamento como por exemplo de ter que manter uma postura para satisfazer alguém etc. É muito importante aprender a deixar de ser quem você pensa que era ou é e aprender a tornar-se de fato quem você é.
            A culpa é um dos sentimentos que frequentemente acompanha essas pessoas, acusando-a disso e daquilo. Sendo implacável e por isso mesmo impedindo a mesma de se libertar e de renovar (ou renovar-se), de não ter mais medo, de querer enfrentar o novo, o desconhecido, aquilo que não se tem controle (embora não tenhamos o controle de nada mesmo, muito menos de nosso passado, já passou...).
            Para isso, precisamos aprender a ouvir a nossa voz interior, que é calma, um tanto quanto silenciosa mas ao mesmo tempo firme e segura o suficiente que nos auxiliará nessa renovação, nessa transformação, no encerramento de ciclos.
            Somente quando entendermos que um ciclo é apenas uma etapa e que outra etapa precisa iniciar e que não precisamos temer o desconhecido é que será possível essa transformação.
            Encerrar ciclos é preciso, além de natural e esperado na vida de qualquer um. Por isso, deixe passar, deixe que vá embora (seja lá o que for). Desapegue!
            Dentro de nós existe uma força que irá nos ajudar a superar a saudade, a dor, a dúvida do que fazer, para onde ir e com quem ir. Confie em Sí-Mesmo!! Valera a pena!
            Vejo essa “mágica” acontecer em todo processo analítico que acompanho em meu consultório, por mais difícil e trabalhoso que tenha sido esse percurso, esse processo de encerrar ciclos. Até porque, encerrar ciclos, significa apenas iniciar outro.
            Como já dizia o poeta: “Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais. Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".

            É pra frente que se anda!!

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